Martins reúne canções autorais em seu primeiro álbum solo

Martins reúne canções autorais em seu primeiro álbum solo

O disco está disponível em todos os aplicativos de música pela Deck e conta com direção musical de Juliano Holanda, além de participações especiais de cantora Isadora Melo e do pianista Zé Manoel

Ouça: https://martins.lnk.to/MartinsAlbumPR

Poeta e um dos mais vigorosos compositores da nova geração, Martins tem na sua trajetória artística trabalhos que correm por várias vertentes e agora apresenta o seu primeiro álbum solo autointitulado “Martins”. Diferente dos projetos anteriores, o disco traz a voz suave do artista com a sonoridade mais intimista e arranjos limpos, mas igualmente poético, reunindo 11 faixas autorais que retratam crônicas cotidianas.

Os temas variam entre experiências afetivas e influências vividas pelo artista e pessoas do seu convívio. “São canções de amores, desamores, coisas da existência, crônicas do nosso cotidiano que qualquer um pode se identificar. Lanço ‘Martins’ como quem declara amor ao pé do ouvido esperando apaziguar as ânsias da alma da nossa geração”, destaca ele. O álbum acaba de ser lançado em todas as plataformas digitais pela gravadora Deck.

Aprendiz de Cláudio Rabeca e Mestre Luiz Paixão, Martins explorou o som da rabeca e a influência da poesia popular em projetos anteriores como Sagarana e Forró na Caixa. Os grupos carregam nítida influência das regiões mais distintas do interior pernambucano, de onde vem as raízes do artista. Já na Marsa, predominaram o estilo rock’n’roll com banda elétrica, guitarra e linguagem urbana. No álbum solo, Martins apresenta toda a sua totalidade como artista desenhando uma musicalidade mais madura.

O disco foi gravado em Recife (PE) e parte na Europa durante turnê do artista pelo continente. Juliano Holanda assina a direção musical e é parceiro de Martins em três faixas da obra: “Um Só Ser”, “Olhos Que Afagam” e “Vértebra Por Vértebra”. Esta última foi gravada em Paris, com arranjos da flautista argelina Amina Mezaache em harmonia com cordas (viola, violão e baixo) — elementos marcantes em todas as canções do álbum. Entre as faixas mais dançantes do disco está a solar “Me Dê”, que traz roupagem swingada com influências do ijexá e da música africana (com trombone, percussão e bateria), sendo a canção autoral mais forte da obra.

Como compositor, Martins abraça e convive diariamente com músicos, poetas e outros profissionais que estão emergindo na cena artística atual. Além de Juliano Holanda, ele tem mais três parcerias no álbum: a música “Nossa Dança” com Paulo Neto, “Estranha Toada” com PC Silva e a intensa melodia de “Aquém de Mim” (Ju Valença/Martins), que recebe a sonoridade marcante do pianista Zé Manoel, de Petrolina, no sertão de Pernambuco.

Além de cantor, músico, compositor e dono de um timbre inconfundível, Martins tem um olhar poético sobre as histórias cotidianas, fruto da sua trajetória na poesia que vem da formação artística. Pernambucano natural do Recife, ele faz parte dessa nova geração de artistas que têm movimentado a cena cultural recifense como a mostra Reverbo. O grupo reúne músicos e parceiros que compõem e se apresentam juntos, entre eles a cantora Isadora Melo, que interpreta com a sua voz suave “Olhos Que Afagam”, (Martins/Holanda).

Em sua passagem pela Europa, Martins também gravou a faixa romântica “Queria Ter Pra Te Dar”, que recebe arranjos inspirados na cultura árabe, e tem a produção musical de Rodrigo Samico, um dos seus primeiros parceiros. A faixa traz uma roupagem singular, delicada e totalmente acústica com viola, violão e bouzouki (instrumento típico da região).

Entre as faixas do disco, ainda há a leveza da canção de amor “A Gente Se Aproveita”, de ritmo mais cadenciado e letra descontraída. A sensibilidade do canto de Martins fica ainda mais nítida na última canção “Por Dentro”, que retrata o íntimo do artista de forma mais profunda. A letra faz referências aos lugares que passou e viveu, sendo tocada de forma arrebatadora apenas em voz e violão.

A estética do álbum é da artista pernambucana Priscila Lins (criadora das artes dos discos de Vinicius Barros e Marcello Rangel), a imagem da capa é do fotógrafo André Sidarta e a realização da Anilina Produções. O projeto tem incentivo do Funcultura, Fundarpe e Governo do Estado de Pernambuco.

O show de lançamento será dia 17 de dezembro, às 20h, no Teatro Luiz Mendonça, no bairro de Boa Viagem, no Recife.