Henrique Cazes volta a lançar um disco como solista, dessa vez resumindo a trajetória do cavaquinho brasileiro ao longo de um século e meio. Abrangendo desde os pioneiros Mário Álvares e Nelson Alves, passando por ícones da era do rádio como Canhoto e Garoto e dando o devido destaque a Waldir Azevedo, o grande divulgador do cavaquinho como instrumento solista, Cazes chega até autores mais contemporâneos como Radamés Gnattali e Paulinho da Viola, personagens que contribuíram decisivamente para o desenvolvimento do cavaquinho nas décadas de 1970 e 80.
Mais do que um gênero musical, o Choro é uma forma de tocar que foi desenvolvida ao longo de um século e meio. Nascido da mistura de danças europeias – principalmente a polca – com o acento sentimental português e surpresas rítmicas trazidas da África, como aconteceu em outras colônias das Américas e do Caribe, o Choro acabou por se tornar a mais volumosa e diversificada cultura instrumental entre seus pares.
“Tudo é Choro” é fruto da pesquisa realizada ao longo de mais de uma década, em parceria com o pesquisador e produtor japonês Katsunori Tanaka. Estudando o nascimento da música popular urbana no mundo, a importância planetária da polca e o parentesco do Choro com estilos musicais também surgidos na virada do século XIX para o XX, Henrique Cazes chegou a um repertório improvável. Os arranjos buscaram evidenciar os pontos em comum, com o cavaquinho à frente de uma variada instrumentação em recriações livres, que privilegiam o balanço e o improviso.
A Deck lança nas plataformas digitais o áudio do DVD “Brincando com o Cavaquinho: 25 Anos de Solo”. Com 17 faixas, o álbum marca a dedicação de Cazes durante toda sua carreira ao instrumenta que tanto estuda, toca e admira: “Desde pequeno eu ouvia falar: o cavaquinho é um instrumento de poucos recursos. E sempre desconfiei que não era bem assim.”, ressalta Cazes.
Lançado originalmente em 2019, “Música Nova Para Cavaquinho” chega as plataformas digitais em 2020 pela Deck.
Este CD apresenta parte da coleção Música Nova para Cavaquinho, composta com o objetivo de revelar e potencializar os recursos do cavaquinho como instrumento solista. Todas as partes da coleção estão aqui representadas, com ênfase nos choros e valsas. Todas as peças foram compostas no cavaquinho, buscando a cada momento obter mais do instrumento, nos planos sonoro, harmônico e de expressividade.
Lançado originalmente em 1990, o álbum “Tocando Waldir Azevedo” chega as plataformas digitais em 2020 pela Deck.
Este disco é uma homenagem a Waldir Azevedo (1923-1980), o músico que popularizou o cavaquinho como solista, criando sucessos que já atravessaram quatro décadas e constituem ainda hoje a principal referência do instrumento.
Lançado originalmente em 1988 pela Musicazes, o álbum “Henrique Cazes” é disponibilizado em 2020 nas plataformas digitais pela Deck.
Neste disco, toda a trajetória de Henrique Cazes pela arte brasileira está escrita em forma de sons. As múltiplas nuances que viveu nas rodas de choro, nos pagodes, nas salas de concerto, nas experiências de vanguarda, estão traduzidas pelo sotaque próprio do seu cavaco, que conta com o auxílio precioso de seus companheiros, alguns dos músicos de maior expressão nestes novos ventos que sopram no instrumental brasileiro. Importante destacar a especialíssima participação das sete cordas de Rafael Rabello, sobretudo em “Modulando”, a presença do pagode, através de Ubirany do grupo Fundo de Quintal, em “Vê se gostas”, o clarinete de Paulo Sérgio, geminando seu som ao do cavaquinho, em “Os oito batutas” e finalmente, numa homenagem ao mestre de todos, aliam-se ao cavaquinho e à viola caipira de Henrique Cazes, o acordeom de Chiquinho, o bandolim de Joel Nascimento, o baixo de Zeca Assumpção e o violão de Luiz Otávio Braga na sua “Valsa para Radamés”.