O primeiro single do novo álbum da Punho de Mahin é uma boa amostra do que virá neste trabalho. “Ei, Mulher” é um punk potente tanto musicalmente como em sua mensagem, cumprindo a função essencial de reconhecer, validar e celebrar a existência plural da mulher negra em uma sociedade que frequentemente a invisibiliza e a oprime. “Funciona como um espelho sonoro. Ela reflete para a mulher negra uma imagem de poder, beleza e resiliência, combatendo estereótipos negativos. É uma ferramenta que encoraja, um instrumento de cura que reconhece a dor para superá-la, e uma celebração da vida, da cor, da poesia e do valor inestimável das mulheres negras. Ela não apenas fala sobre elas, mas fala para e com elas” – apontou a vocalista Natália Matos. “Ei. Mulher” é um punk rock no estilo 77, nem tão pesado, nem tão pop, e traz os vocais divididos entre a guitarrista Camila Araújo e Natália Matos. “A música convoca as mulheres entrarem na roda pra POGAR!” – convida Natália. “Ei Mulher”, assim como as outras faixas do disco, foi produzida por Clemente Nascimento, fundador dos Inocentes, banda precursora do punk rock no Brasil e hoje também integrante da Plebe Rude.