Elza Soares – Nos Braços do Samba

Elza Soares – Nos Braços do Samba

TRACK LIST
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  • Primeiro Eu
  • Nem Vem (Levo Minha Viola)
  • Viagem de Jangada
  • Quem é Bom Já Nasce Feito
  • Debruçado em Meu Olhar
  • Confesso Que Chorei
  • Lendas e Festas das Yabás
  • Nos Braços dos Samba
  • Auêra
  • Saudade Minha Inimiga
  • Deixa Pra Deus Resolver
  • Cansada de Esperar
Em janeiro, Elza sofreu despejo do Restaurante La Boca e acumulou uma série de indenizações a serem pagas. O alcoolismo de Garrincha se agravava e, muitas vezes, Elza tinha que resgatá-lo completamente embriagado. Após a morte de D. Nair, as filhas de Garrincha foram acolhidas em sua casa que já não proporcionava mais o sossego de um lar. Reportagens da época apontavam aproximadamente 21 residentes, mais adjacentes que passavam semanas por lá. Em uma tentativa de fazer Garrincha parar de beber, Elza prometeu-lhe um filho homem. Segundo o jogador, este era seu maior desejo, já que tinha somente filhas mulheres. Assim, ela recorreu à sua fé para que a gravidez fosse abençoada, afinal já passara da idade recomendada para ter filhos. Em novembro daquele ano, enquanto finalizava o novo disco, descobriu-se grávida. Na foto para a capa já apresentava seu primeiro mês de gestação. Como prometido, Garrincha parou de beber.O disco anterior foi tão bem sucedido que a parceria com Ed Lincoln na direção musical se repetiu. Os acontecimentos na vida pessoal de Elza, entretanto, impediram sua total dedicação no processo de criação, com quase nenhuma interferência. O resultado foi um disco considerado morno pela crítica, que o apontava como um produto meramente comercial, de pouca inspiração. Até mesmo a voz de Elza foi criticada por se apresentar sem entusiasmo, reflexo do momento que vivia. O disco, entretanto, foi o primeiro da sua carreira a ganhar um encarte, cuidado que jamais recebera na Odeon e que é apontado em sua biografia como uma das tantas formas de racismo que sofria.O grandes êxitos daquele ano foram o samba enredo "O mundo encantado do Uirapuru", defendido na avenida pela Mocidade e Projeto Convocação Geral, uma espécie de esquenta para o carnaval de 76, do qual ela foi a estrela maior com o samba enredo "Mangueira, minha alegria

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