Black Pantera – PERPÉTUO

Black Pantera – PERPÉTUO

TRACK LIST
Escutar álbum
  • PROVÉRBIOS
  • PERPÉTUO
  • BOOM!
  • TRADUÇÃO
  • FUDEU
  • PROMISSÓRIA
  • CANDEIA
  • BLACK BOOK CLUB
  • SEM ANISTIA
  • MAHORAGA
  • METE MARCHA
  • A HORDA
Como o próprio nome diz, o novo álbum do Black Pantera, “PERPÉTUO”, certamente irá permanecer como um projeto atemporal, sendo ouvido, lembrado e tomado como referência para esta e para futuras gerações. Tanto do ponto de vista sonoro como do conceito, das ideias por trás das músicas, “PERPÉTUO” amplia o que o Black Pantera já havia apresentado em “Ascensão”, expandindo o som, agregando mais estilos e instrumentos, mas sem perder a identidade, muito pelo contrário, fortalecendo a essência da banda. Uma viagem para o Chile, onde tocaram no Festival Rockdromo, fez com que o trio Chaene da Gama (baixo), Charles da Gama (voz e guitarra) e Rodrigo Pancho (bateria) voltassem os olhos para a música latina e para a percepção deles mesmos como parte de pertencente desse grupo. “Lá em Valparaíso, vendo tantas bandas de países vizinhos terem tanto orgulho e personalidade, passamos a ver o tamanho da importância de entendermos o contexto no qual estamos inseridos. Desde nosso show por lá o termo 'afrolatino' não saiu mais da minha cabeça. Falo isso porque a gente sempre olha para outros continentes e não enxerga a arte, a história e a cultura sul-americana. E essa música faz parte do processo de nos entendermos como homens negros que fazem parte da América Latina. E esse é um dos conceitos base desse disco” – comentou Chaene da Gama. O som da banda continua sendo um crossover de rock, punk, hardcore, funk e metal e se mantém pesado, mas traz novidades: acrescentando instrumentos de percussão, a banda se aproxima de seus laços ancestrais, dialogando cada vez mais com a estética tribal e acaba entregando em ritmo e poesia um álbum afro-latino, um chamado à união. Isso é bastante perceptível em faixas como “PROVÉRBIOS”, na qual cantam o refrão em espanhol. A ancestralidade é o cerne desse disco, que foi gravado em 14 dias no Estúdio Tambor, no Rio de Janeiro. “A gente vem pensando bastante sobre esse tema, sobre como acabamos sendo eternos através de nosso sangue, nossa luta, nossa ancestralidade. São músicas que refletem isso de maneira incisiva, essa ideia de legado de todos nós. E, se você pensar, daqui 50 anos a banda pode até acabar, mas as músicas vão continuar existindo” – falou Chaene. Não por acaso, há uma música em homenagem à mãe de Chaene e Charles, “TRADUÇÃO”, que cita alguns versos de Mano Brown, e fala sobre a luta das pessoas que são ou fazem papel de mãe somada ao racismo a que são submetidas. “Hoje, adulto, entendo melhor como o racismo estrutural afetou a vida dela” – declarou Chaene. O Black Pantera fala sobre a tentativa de Golpe no Brasil em “SEM ANISTIA”, narra uma abordagem racista da polícia em na surpreendente “FUDEU”, com influências do rap, cita a dívida por todos os anos de escravidão em “PROMISSÓRIA”, citam trecho do poema “Ainda Assim Eu Me Levanto”, de Maya Angelou e, “METE MARCHA” e a luta contra o racismo em “CANDEIA”. São 12 faixas com o melhor e mais pulsante rock feito hoje no Brasil. A produção é de Rafael Ramos, mixagem de Rafael Ramos e Jorge Guerreiro e masterização de Fabio Roberto (Estúdio Tambor) e Chris Gehringer (Sterling Sound ,USA). O Black Pantera já lançou os singles “PROVÉRBIOS” e “TRADUÇÃO”. Em 2023 lançou o EP “Griô”.

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